Los títulos del diario de hoy en Maputo:
Cresce número de bebés e cadáveres abandonados no “José Macamo
É
um fenómeno social novo no Hospital José Macamo, em Maputo. Em vez de
desaparecimento de bebés, que acontecia há bem pouco tempo, agora é o
contrário: são as mães que abandonam os seus bebés após o parto. Só
este ano, oito recém-nascidos foram abandonados naquela unidade
hospitalar, conforme confirmou, ontem, o director daquele hospital,
Jotamo Comé.
“É
um facto novo, isto é preocupante. na altura, eram crianças que
desapareciam. Nós reforçámos a segurança e hoje acontece o contrário. é
difícil controlar isto, porque partimos da ideia de que todas as mães,
ao chegarem ao hospital para dar à luz, querem os seus bebés, isto
preocupa-nos”, explicou.
Questionado
sobre qual tem sido o destino das crianças abandonadas, Comé disse que
os mesmo são levados para assistência social.
Por
outro lado, o Hospital José Macamo enfrenta outro fenómeno: os
frequentes abandonos de cadáveres, sobretudo de pessoas idosas.
Só
este ano, 10 corpos já foram abandonados por pessoas que chegaram a
identificar ou a apresentar-se como familiares dos perecidos, mas que
depois desaparecem sem qualquer rasto, alegadamente por falta de
condições financeiras para realizar um funeral condigno.
Serpentes atacam caçadores de ratos em Chimoio
Está
a crescer número de pacientes que dão entrada no Hospital Provincial de
Chimoio vítimas de picadas de serpentes, incidentes que têm estado a
acontecer nos bairros suburbanos ao redor da cidade de Chimoio.
De
acordo com dados avançados pelas autoridades daquela que é considerada a
maior unidade sanitária da província de Manica, o número chegou a
atingir, até este mês, 33 casos, contra apenas oito registados todo o
ano passado. Refira-se que estas são as vítimas chegam com vida ao
Hospital Provincial de Chimoio, dado haver casos em que as vítimas
chegam a perder a vida nos locais onde ocorrem os ataques ou mesmo a
caminho das unidades sanitárias. De
acordo com o médico cirurgião daquela estância hospitalar que tem
atendido estes casos, a maioria das vítimas são menores de dez anos de
idade, os quais são atacados pelos répteis quando invadem a mata à caça
de ratos. Os
menores têm sido, muitas vezes ou quase sempre, atacados nos membros
superiores, nas circunstâncias em que vasculham os esconderijos de
ratos, quando, nalgumas vezes, os buracos que invadem são na verdade de
cobras.
Mineiros grevistas preferem morrer a voltar à “escravatura”
Os mineiros em greve na mina da Lonmin, em Marikana, na África do Sul, reiteram que “preferem morrer” a voltar à “escravatura”. Esta foi a resposta dos trabalhadores ao ultimato lançado este domingo pela empresa, avisando que serão despedidos se não voltarem esta segunda-feira ao trabalho. A empresa adiou, entretanto, o ultimato para esta terça-feira.
Quatro
dias depois do massacre na mina de platina sul-africana, em que foram
mortos a tiro pela polícia 34 mineiros e feridos 78, os ânimos ainda não
acalmaram.
“Já
morreram pessoas e, por isso, não temos mais nada a perder (…). Vamos
continuar a lutar por aquilo que acreditamos ser uma luta legítima por
ordenados que permitam viver. Preferimos morrer como os nossos
companheiros a desistir”, disse o mineiro Kaizer Madiba, citado pelo
jornal Times da África do Sul.